A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (26), a ‘Operação Sangria’, com o objetivo de desarticular um esquema de desvio de verbas públicas destinadas à saúde em Minas Gerais. As investigações apontam para o desvio de recursos originalmente destinados ao combate à dengue, zika e chikungunya em diversos municípios do estado.
Como funcionava o esquema
Segundo a PF, empresas eram contratadas sem licitação ou com processos licitatórios fraudulentos para fornecer produtos e serviços superfaturados ou sequer entregues. O dinheiro desviado era então distribuído entre os envolvidos, incluindo agentes públicos e empresários. A investigação aponta para um prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, e outras cidades do interior de Minas Gerais. A Justiça Federal também determinou o bloqueio de bens dos investigados, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias. Até o momento, três pessoas foram presas preventivamente e outras dez foram conduzidas coercitivamente para prestar depoimento.
Impacto na Saúde Pública
O desvio de recursos destinados à saúde pública tem um impacto direto na população, especialmente em um momento em que a dengue e outras arboviroses representam uma grave ameaça. A falta de investimentos em prevenção e combate a essas doenças contribui para o aumento do número de casos e óbitos, sobrecarregando o sistema de saúde e colocando em risco a vida de milhares de pessoas.
Próximos Passos
A Polícia Federal continua investigando o caso para identificar todos os envolvidos no esquema e apurar a extensão dos desvios. Os investigados poderão responder por crimes como peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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