Aumento de Denúncias de Violência Obstétrica em SP Acende Alerta

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Um aumento alarmante nas denúncias de violência obstétrica em hospitais e maternidades de São Paulo tem gerado grande preocupação entre autoridades e organizações de defesa dos direitos das mulheres. Dados divulgados pela Defensoria Pública do estado indicam um crescimento de 45% nas queixas registradas nos últimos 10 meses, comparado ao mesmo período do ano passado.

O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica engloba práticas abusivas e desrespeitosas contra a mulher durante a gravidez, parto e pós-parto. Inclui desde agressões verbais e humilhações até procedimentos médicos realizados sem consentimento, como episiotomias desnecessárias, manobras forçadas e a proibição da presença de acompanhante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) condena veementemente essas práticas, considerando-as violações dos direitos humanos.

Investigações em andamento

Diante do cenário preocupante, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou inquéritos civis para investigar denúncias específicas em cinco hospitais da capital e da região metropolitana. As investigações visam apurar a conduta de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, buscando identificar e responsabilizar os envolvidos nas práticas abusivas.

Impacto para as vítimas

A violência obstétrica pode ter consequências devastadoras para a saúde física e mental das mulheres. Além do trauma emocional, as vítimas podem desenvolver quadros de depressão pós-parto, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e dificuldades no vínculo com o bebê. Muitas relatam sentimentos de medo, vergonha e impotência.

O que pode ser feito?

  • Denúncia: É fundamental que as vítimas denunciem as violências sofridas aos órgãos competentes, como a Defensoria Pública, o Ministério Público e a Ouvidoria do SUS.
  • Informação: As gestantes devem buscar informações sobre seus direitos e sobre as práticas recomendadas durante o parto e pós-parto.
  • Acompanhamento: A presença de um acompanhante de confiança durante o parto pode ajudar a proteger a mulher contra abusos.
  • Humanização: É preciso promover a humanização do atendimento obstétrico, com respeito à autonomia e às escolhas da mulher.

Especialistas defendem a necessidade de campanhas de conscientização sobre a violência obstétrica, além da formação continuada dos profissionais de saúde para garantir um atendimento mais humanizado e respeitoso às mulheres.

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