São Paulo registrou um aumento alarmante de casos de sequestro relâmpago nos últimos meses, gerando preocupação entre moradores e autoridades de segurança pública. Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) indicam um crescimento de 45% nos registros em comparação com o mesmo período do ano passado.
Perfil das Vítimas e Modus Operandi
Os criminosos têm mirado, principalmente, áreas nobres da capital e da região metropolitana, como Jardins, Moema e Alphaville. As vítimas, em sua maioria, são pessoas de alta renda, abordadas geralmente quando estão sozinhas, saindo de casa ou chegando ao trabalho. O modus operandi mais comum envolve o uso de veículos roubados e armas de fogo para render as vítimas.
“Estamos vendo um aumento da audácia desses criminosos. Eles estão mais organizados e utilizando táticas cada vez mais sofisticadas”, afirma o delegado Ricardo Silva, da Delegacia Especializada em Antissequestro (DEAS). A DEAS coordena uma força-tarefa para investigar os casos e desarticular as quadrilhas responsáveis.
Impacto e Medidas de Segurança
O aumento dos sequestros relâmpago tem gerado um impacto significativo na sensação de segurança da população. Muitos moradores têm evitado sair à noite e reforçado a segurança de suas residências e veículos. Empresas de segurança privada relatam um aumento na procura por serviços de escolta e monitoramento.
A Polícia Militar intensificou o patrulhamento nas áreas de maior incidência e tem realizado operações para identificar e prender os criminosos. A SSP também lançou uma campanha de conscientização, com dicas de segurança para evitar ser vítima de sequestro relâmpago, como:
- Evitar ostentar objetos de valor em público.
- Prestar atenção ao redor ao sair de casa ou do trabalho.
- Não reagir em caso de abordagem.
- Acionar a polícia o mais rápido possível.
A expectativa é que as ações conjuntas da polícia e da população ajudem a reduzir o número de casos e a restaurar a sensação de segurança na cidade.