Amazônia: Estudo Inédito Revela Aceleração do Desmatamento Urbano

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MANAUS, AM – Um estudo inédito da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) revela um aumento alarmante no desmatamento em áreas urbanas da Amazônia. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (8), aponta um crescimento de 35% nos últimos cinco anos, com impactos diretos na qualidade de vida da população e na biodiversidade da região.

Desmatamento Urbano Ameaça Qualidade de Vida

O estudo analisou dados de satélite e informações socioeconômicas de dez cidades amazônicas, incluindo Manaus, Belém e Porto Velho. Os resultados indicam que a expansão desordenada das cidades, impulsionada pela especulação imobiliária e pela falta de planejamento urbano, é a principal causa do desmatamento. A consequência direta é a perda de áreas verdes, o aumento da temperatura, a poluição do ar e a redução da disponibilidade de água potável.

“O desmatamento urbano não é apenas um problema ambiental, mas também um problema social”, afirma a coordenadora da pesquisa, Dra. Ana Paula Silva. “A perda de áreas verdes afeta a saúde da população, especialmente das crianças e dos idosos, e contribui para o aumento da desigualdade social, já que as áreas mais afetadas são as periferias das cidades”.

Impacto na Biodiversidade e no Clima

Além dos impactos na qualidade de vida, o desmatamento urbano também representa uma grave ameaça à biodiversidade da Amazônia. A destruição de habitats naturais leva à perda de espécies nativas, ao aumento do risco de extinção e à fragmentação dos ecossistemas. A pesquisa da UFAM identificou que 25% das espécies de aves urbanas estão ameaçadas de extinção devido à perda de habitat.

O desmatamento urbano também contribui para as mudanças climáticas. A remoção da vegetação reduz a capacidade de absorção de carbono, o que aumenta a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. Além disso, a substituição das áreas verdes por construções de concreto aumenta o efeito de ilha de calor, elevando a temperatura nas cidades.

Medidas Urgentes São Necessárias

Diante desse cenário alarmante, os pesquisadores da UFAM defendem a adoção de medidas urgentes para conter o desmatamento urbano na Amazônia. Eles propõem a criação de planos diretores municipais que incentivem a ocupação ordenada do solo, a fiscalização rigorosa das construções ilegais e a implementação de programas de educação ambiental.

“É fundamental que os governos municipais, estaduais e federal trabalhem juntos para proteger as áreas verdes das cidades amazônicas”, afirma o pesquisador João Carlos Oliveira. “Só assim será possível garantir um futuro sustentável para a região e para a sua população”.

  • Crescimento do desmatamento: Aumento de 35% em 5 anos.
  • Impactos na saúde: Aumento da poluição e temperatura.
  • Ameaça à biodiversidade: Risco de extinção de espécies.
  • Medidas necessárias: Planejamento urbano e fiscalização.

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