A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (18), a Operação ‘Colheita Oculta’ em cinco estados – Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná – com o objetivo de desarticular um esquema de evasão fiscal bilionário no setor do agronegócio. As investigações apontam para um prejuízo estimado em R$ 2 bilhões aos cofres públicos, decorrente de operações fraudulentas de compra e venda de grãos, principalmente soja e milho.
Como funcionava o esquema?
Segundo a PF, o grupo criminoso utilizava empresas de fachada para simular a exportação de grãos, aproveitando-se de incentivos fiscais concedidos a esse tipo de operação. Na prática, os produtos eram vendidos no mercado interno, mas declarados como exportados, gerando créditos tributários indevidos. O dinheiro obtido com a fraude era então lavado por meio de contas bancárias em nome de laranjas e empresas fantasmas.
A operação envolveu o cumprimento de dezenas de mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão preventiva e temporária. Também foi determinado o bloqueio de bens e valores dos investigados, visando garantir o ressarcimento dos prejuízos causados à União.
Impacto da fraude
A evasão fiscal no agronegócio impacta diretamente a arrecadação de impostos, recursos essenciais para o financiamento de serviços públicos como saúde, educação e segurança. Além disso, a concorrência desleal promovida por empresas que fraudam o fisco prejudica os produtores rurais que atuam de forma correta e transparente.
Próximos passos
A Polícia Federal continua investigando o caso, buscando identificar outros envolvidos no esquema e aprofundar a análise da documentação apreendida. Os investigados responderão por crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros delitos relacionados.
