Brasília, 7 de setembro de 2025 – O Governo Federal lançou hoje o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNAM Clima) ampliado, com novas metas e estratégias para aumentar a resiliência do país a eventos climáticos extremos. O plano, detalhado em cerimônia no Palácio do Planalto, estabelece objetivos claros para a proteção da infraestrutura crítica, a garantia da segurança alimentar e hídrica, e a redução da vulnerabilidade das populações mais expostas aos impactos da crise climática.
Contexto e Ampliação do Plano
O PNAM Clima original, lançado em 2016, carecia de metas quantificáveis e de um acompanhamento efetivo. A nova versão, resultado de um amplo processo de consulta pública e de estudos técnicos, incorpora as últimas projeções climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e as prioridades definidas pela Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil no Acordo de Paris.
Principais Eixos do PNAM Clima Ampliado
- Infraestrutura Resiliente: Fortalecimento de rodovias, portos, aeroportos e sistemas de energia para suportar eventos extremos como inundações, secas e ondas de calor.
- Segurança Alimentar e Hídrica: Desenvolvimento de tecnologias e práticas agrícolas adaptadas ao clima, gestão eficiente dos recursos hídricos e garantia do acesso à água potável em áreas vulneráveis.
- Redução da Vulnerabilidade Social: Implementação de programas de adaptação para populações de baixa renda, comunidades tradicionais e povos indígenas, com foco em saúde, habitação e educação.
- Monitoramento e Avaliação: Criação de um sistema robusto de monitoramento e avaliação do PNAM Clima, com indicadores claros e metas quantificáveis.
Impacto e Desafios
O governo espera que o PNAM Clima ampliado contribua para a redução dos custos associados a desastres naturais, a proteção da saúde pública e a garantia do desenvolvimento sustentável do país. No entanto, a implementação do plano enfrenta desafios significativos, como a necessidade de recursos financeiros adequados, a coordenação entre os diferentes níveis de governo e a superação de resistências políticas e econômicas.
A oposição questiona a viabilidade financeira do plano e a falta de detalhamento sobre as fontes de recursos. Ambientalistas, por sua vez, criticam a ausência de metas mais ambiciosas para a redução das emissões de gases de efeito estufa.